A soja é considerada como um dos principais produtos agrícolas e base da economia no Brasil. Com origem no continente asiático, a cultura do grão se tornou popular no país, que fatura mais de 100 bilhões de reais com exportação por ano.
Com mais de cinco mil anos, a soja chegou ao Brasil no final do século XIX, introduzida por imigrantes. Hoje, o Brasil é o principal produtor de soja no mundo, o que o torna uma potência agrícola, sendo responsável por mais de 80% de toda a produção mundial e líder no que diz respeito à exportação do produto.
Além de ser indicada para o consumo humano, com diversas possibilidades de subprodutos como é o caso do óleo de cozinha e bebidas como o leite de soja (muito consumido pelos intolerantes à lactose), o grão também é utilizado na produção de ração animal (farelo de soja), na indústria farmacêutica e para biocombustíveis.
Para o consumo humano, a soja promove uma série de benefícios para a saúde pelos seus nutrientes, proteínas e gorduras essenciais. Ela ajuda, por exemplo, a reduzir colesterol, evitar problemas como derrames ou infarto, entre outros tantos benefícios.
PLANTIO
O plantio da soja requer dedicação. Antes de plantar, o agricultor precisa preparar o solo para que ela esteja apta a receber as sementes.
O plantio e a colheita podem acontecer em diferentes épocas, dependendo da região. De acordo com dados da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, na região da Bahia, por exemplo, o plantio acontece na primavera, entre os meses de outubro e dezembro, enquanto a colheita ocorre entre os meses de fevereiro e abril/maio.
Já no Mato Grosso, o plantio é feito entre outubro e dezembro e a colheita, entre janeiro e começo de maio. O tempo entre o plantio e a colheita pode variar, mas até 120 dias já é possível colher o grão pronto.
Cada etapa do processo tem uma técnica adequada. Pesquisas mostram, por exemplo, que existe uma forma de distribuir as sementes em relação à disposição entre si – mantendo uma distância de aproximadamente 30 centímetro entre as linhas de plantio, à profundidade em que serão plantadas (de 3 a 5 centímetros) e, até mesmo, à temperatura do solo.
Acompanhar a evolução do plantio é essencial para garantir uma boa colheita.
PRODUÇÃO
Todos os anos o Brasil é responsável pela produção de milhões de toneladas do produto que, além de abastecer o mercado nacional abastece, ainda, o mercado consumidor internacional. Entre os países que compram soja do Brasil, a China é um dos principais mercados abastecidos pela produção nacional.
Em 2021, foram exportados para o país asiático 60.478.502 toneladas do produto em grão, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Mas não é apenas a China, outros 64 países exportam o complexo soja (soja em grão, óleo e farelo) do Brasil, de acordo com a Associação.
Dentro do contexto nacional, o estado do Mato Grosso é o principal produtor. No início de 2022, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o Imea, estimou que o Estado produza 39,47 milhões de toneladas na safra 2021/2022. Outros estados que se destacam são o Rio Grande do Sul e Goiás.
Considerando a produção por município, Sorriso, no Mato Grosso, se destaca com uma produção equivalente a 2.283.300 toneladas do grão. Em seguida estão Formosa do Rio Preto (BA), São Desidério (BA), Nova Ubiratã (MT) e Nova Mutum (MT).
Para a safra 2021/2022, estimou-se uma produção de 125 milhões de toneladas do produto. E, segundo publicações recentes pela mídia, o número deve ser ainda maior para a próxima safra: 2022/2023 deve atingir a marca de 150 milhões de toneladas do grão, em uma área plantada de 43 milhões de hectares.