A economia do Mato Grosso está intimamente ligada ao plantio da soja fazendo com que o estado seja o maior produtor de grão do Brasil. De acordo com dados da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, o estado ultrapassou a marca de 40 milhões de toneladas colhidas na safra 2021/2022.
A área plantada também é recorde: 11.108,5 mil hectares, com rendimento médio de 3.735 kg/ha. Ainda de acordo com a CONAB, com o aumento de 13,6% da produção, o Mato Grosso responde a 33% da produção brasileira de soja.
A colheita da soja gera, todos os anos, milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, chegando a 13 mil vagas (em 2020), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Só na cidade de Sorriso foram cerca de 1,5 mil vagas geradas, empregando mão-de-obra local e atraindo trabalhadores de outras regiões do país, que encontram no Mato Grosso uma oportunidade de se tornar economicamente ativo e se inserir no mercado de trabalho.
Os salários são atraentes: um colhedor, por exemplo, pode ganhar entre R$ 7 mil e R$ 10 mil, enquanto o salário de um tratorista temporário fica em torno de R$ 6 mil.
Além de gerar oportunidades para os trabalhadores, o plantio e comércio da soja movimentam e beneficiam toda a cadeia produtiva que envolve desde a indústria de insumos (fertilizantes, máquinas, defensivos, entre outros), os produtores, armazenadores, cooperativas, mercados interno e externo, as diversas indústrias envolvidas, os centros de distribuição, até o consumidor final.
O plantio da soja não é apenas importante para a região, mas para o país como um todo, coloca o Brasil como principal produtor do grão em todo o mundo. É, ainda, um dos principais produtos de exportação do país, sendo responsável por 51% do mercado mundial de soja.
Nos últimos anos, inclusive, a exportação de soja pelo Brasil aumentou de cerca de 63 milhões de toneladas para 85 milhões de toneladas, uma média de 4 milhões de toneladas a mais por ano nos últimos cinco anos. O Brasil vende a soja e os produtos produzidos a partir dela (como o farelo e óleo, por exemplo) para mais de 60 países.
Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Mato Grosso concentra 1/5 do valor de produção agrícola do país, o que, junto com a soja, engloba a cultura do milho e do algodão gerando, em 2021, R$ 151,7 bilhões.