Hidro biocombustível, combustível verde, ou HVO (sigla para Hydrotreated Vegetable Oil, ou óleos vegetais tratados com hidrogênio). Ainda pouco conhecido da maior parte das pessoas, esse combustível é considerado como um combustível sustentável e renovável já que é formado por recursos naturais renováveis.
De acordo com uma nota técnica publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel verde consiste em conjunto de hidrocarbonetos produzidos a partir de matérias-primas renováveis, com as mesmas propriedades químicas do diesel proveniente de fontes fósseis.
Eles podem ser produzidos a partir de diferentes rotas tecnológicas e diferentes matérias-primas, como gorduras de origens vegetal e animal. Seu processo produtivo em biorrefinarias pode gerar outros bioprodutos, como o bioquerosene, utilizado pela indústria da aviação.
O HVO é considerado como uma alternativa promissora no que diz respeito à matriz energética e o consumo praticamente zera a emissão de CO2 na atmosfera e, ao longo do seu ciclo de vida, emite de 50% até 90% menos de gases do efeito estufa – responsáveis pelo aquecimento global.
Especialistas apontam que o HVO é semelhante ao diesel produzido a partir do petróleo e proporciona, praticamente, a mesma eficiência sem ser necessária a adaptação dos veículos que o utilizam. Na comparação com o diesel fóssil, o HVO apresenta a vantagem de reduzir em até 33% o material particulado fino, 30% dos hidrocarbonetos, 24% do monóxido de carbono e 9% dos óxidos de carbono.
Segundo a ANP, o diesel verde é conhecido e utilizado internacionalmente, em países como os Estados Unidos, onde seu uso é permitido em mistura com o diesel fóssil e biodiesel. No Brasil, o produto produzido pela rota de fermentação do caldo de cana-de-açúcar recebeu autorização de uso experimental e específico entre os anos de 2012 e 2016. Atualmente, o HVO está em estágio de regulamentação pelo governo Federal.