A ferrugem-asiática e mancha-alvo são duas das principais doenças que atingem a cultura da soja. Você as conhece?
De acordo com dados da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a ferrugem-asiática da soja foi identificada, pela primeira vez em 2001 e pode levar a cultura da soja a perdas de até 90% na produtividade. A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhiz e precisa ser monitorada com precisão já que se propaga de forma fácil pelo vento.
A ferrugem ataca as folhas da soja prejudicando a qualidade dos grãos. Alguns dos sintomas iniciais da doença são lesões foliares com cores que variam entre castanho e marrom-escuro, além de urédias, que são uma espécie de verruga na parte inferior da folha.
A doença pode ser de mais difícil identificação no início do problema, ficando mais evidente na fase de reprodução do fungo. Por isso, o produtor pode tomar medidas de precaução.
Existem algumas condições que favorecem a disseminação do fungo, como as climáticas, com períodos de chuva e temperaturas que variam entre 9º C e 28º C graus. A indicação da Embrapa é de sejam utilizadas estratégias para o manejo da doença, entre elas, a ausência da semeadura do grão e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra – utilizando, para isso, o vazio sanitário, que significa deixar a área de plantio vazia por um período que varia entre 60 e 90 dias.
O monitoramento da lavoura do início ao fim do cultivo é outra medida interessante já que permite que o produtor aja com maior rapidez e assertividade. O monitoramento tem como objetivo o diagnóstico precoce, detectando a existência esporos da ferrugem na região de plantio antes mesmo da disseminação da doença.
A utilização de fungicidas também é indicado, levando em consideração questões como intervalos de aplicação, doses necessárias e composição do produto a ser aplicado. O uso de fungicidas sem controle pode acabar atrapalhando e provocando a resistência do fungo ao produto.
Outras estratégias de manejo são o plantio de cultivares de ciclo precoce e a observação do calendário de semeadura, além da eliminação de plantas voluntárias.
Mancha-alvo
A mancha-alvo é outra doença que ataca a soja e pode causar perda de produtividade. Esta foi detectada pela primeira vez no ano de 1974 e tem como causa o fungo Corynespora cassicola.
Seus principais sintomas, de acordo com o Embrapa, são pontuações pardas com halo amarelado e que evoluem para manchas circulares com cores que variam entre castanho-claro e castanho-escuro. Assim como a doença anterior, ela é favorecida pelas condições climáticas, principalmente, alta umidade, e seu controle exige estratégias como a utilização de cultivares resistentes e o uso de fungicidas.
Controle da doença
Para o produtor, o controle por meio do monitoramento e respeito às medidas corretas de manejo são a melhor forma de evitar dor de cabeça. No estado do Mato Grosso, por exemplo, o Indea – Instituto de Defesa Agropecuário do Estado realizou, entre os meses de junho e setembro, um acompanhamento de controle fitossanitário em 5,7 mil unidades de produção com objetivo de combater o fungo da ferrugem-asiática.
O Instituto emitiu 47 autos de infração para unidades que descumpriram a determinação que proíbe plantio e presença de plantas vivas de soja, cultivadas ou guaxas. Durante a inspeção, foram encontradas plantas vivas de soja em uma área equivalente a 5 mil hectares e realizadas coletas de amostras de folhas para análise, O resultado foi a incidência da doença em sete das amostras coletadas.
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