O preço dos insumos agrícolas impacta toda a cadeia produtiva do agronegócio. Sem defensivos agrícolas, fertilizantes, além dos equipamentos e maquinário, não tem produção.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Brasil é responsável por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, atrás da China, Índia e dos Estados Unidos. Ainda de acordo com o órgão, soja, milho e cana-de-açúcar correspondem por mais de 70% do consumo de fertilizantes do Brasil.
O Ministério aponta que mais de 80% dos fertilizantes utilizados pelos agricultores brasileiros têm origem em outros país. O que significa que, além de ser dependente do mercado externo, o Brasil ainda fica passível dos preços praticados pelos fornecedores.
É o que tem acontecido nos últimos meses: a alta dos insumos tem preocupado o setor. Entre os principais fatores que influenciam a elevação nos preços dos insumos estão, por exemplo, a Guerra na Ucrânia, os embargos feitos pela China e pela Rússia para a exportação de fertilizantes para outros países.
Um exemplo desse impacto é o preço da soja para a safra 2022/2033. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso do Sul estimou um aumento de 26,6% em relação à safra anterior.
A associação considera, para o cálculo, as despesas diretas e indiretas, custos fixos e variáveis – como sementes, fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas. Inclusive, a Aprosoja aponta que os custos variáveis são os maiores responsáveis pela alta nos custos, com 91,17% de participação no custo total.
A alta dos insumos interfere em toda a cadeia produtiva, inclusive, a vida do consumidor final. Durante o 9º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, lembrou que restringir o comércio dos insumos afeta a produtividade no campo, reduz a disponibilidade de alimentos, reforça a tendência inflacionária das principais commodities e, como consequência final, ameaça a segurança alimentar global, principalmente das nações mais vulneráveis.
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